segunda-feira, 18 de abril de 2011

SEMANA SANTA

Cícero Maxciel Elias Rodrigues*


Durante a quaresma, que são os quarenta dias, iniciando na Quarta-feira de Cinzas até a Quinta-feira da Semana Santa, somos convidados, como comunidade cristã, a ouvir a Palavra de Deus como uma catequese profunda dos mistérios Pascais e a mergulhar no seu projeto de amor através da oração, do jejum e da caridade.

A Semana Santa é o centro de toda a quaresma. É o período que juntamente com Jesus caminhamos até Jerusalém, onde ele glorificará o Pai através de sua entrega total de amor no altar da cruz. E três dias depois de sua morte o Pai com o seu infinito amor o ressuscitará, e nós, como disse o apóstolo Paulo, que morremos com ele também com ele ressuscitaremos para uma nova vida.

O tríduo pascal é o momento mais importante de toda a Semana Santa. Ele tem início na Quinta-feira santa á noite com a celebração da Ceia do Senhor e o rito do lava-pés. É o momento também em que a Igreja comemora e agradece a Jesus pelo presente recebido dele, que é o seu Corpo que nos é dado como comida e o seu sangue que nos é dado como bebida para a vida eterna, pois disse ele que “quem come minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6, 54).

A Sexta-feira Santa ou Sexta-feira da Paixão é um dia de jejum, lágrimas e gemidos, pois foi tirado o esposo, Jesus, de junto da sua esposa, a Igreja. É o dia também de exaltarmos o lenho da Santa Cruz símbolo de nossa salvação, onde Cristo, o Cordeiro de Deus, foi imolado e derramou o seu sangue em expiação dos nossos pecados. A Sexta-feira Santa é celebrada à tarde, pelas três horas, neste dia não se tem o sacrifício da santa missa, e a distribuição da comunhão só acontece durante a celebração da Paixão do Senhor ou aos doentes que não podem participar da ação litúrgica.

No ápice de todo o tríduo pascal e de toda a vida da comunidade cristã estar a Vigília Pascal como a “mãe de todas as vigílias”, e o Domingo de Páscoa como a festa das festas. Nelas a Igreja tem o início e o fim, nelas se centralizam todo o mistério da vida da Igreja através do Cristo Ressuscitado, vencedor da morte.

No Sábado Santo até o crepúsculo, a Igreja permanece em silêncio velando o túmulo do seu Senhor, participando do seu mistério e esperando também a ressurreição no último dia, “o grande dia do Senhor”. À noite depois do repouso do sol, é o momento em que toda natureza se une para junta, a uma só voz, entoarem o ALELUIA que durante quarenta dias ficou guardado nos corações. Juntamente com o Sábado Santo, o Domingo de Páscoa torna-se uma só festa no qual o povo de Deus é redimido e purificado através do sangue de Jesus Cristo, com isso o povo recebe um batismo não mais de conversão, mas agora de salvação.

Somos convidados por Jesus a participarmos do seu mistério que todos os anos a Igreja renova através do memorial da sua Paixão, Morte e Ressurreição. Como povo de Deus que caminha para a Jerusalém celeste, devemos manifestar esse mistério de amor em nossa vida para sermos sinal para o mundo do “Cristo vencedor da morte” que vive e está no meio de nós e quer fazer morada nos nossos corações.

*Seminarista da Diocese de Patos – PB estudante de filosofia na FAFIC

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